A ex-mulher do volante do Flamengo Allan Souza, Jordana Holleben, pediu uma medida protetiva após abrir uma denúncia contra o jogador. A situação foi anunciada por ela em uma série de posts nas redes sociais nesta quinta-feira, 29. De acordo com ela, não teve outra escolha a não ser tomar a atitude.
Segundo noticiado inicialmente pelo jornal Extra!, Jordana está acusando o ex-marido, de quem está separada desde novembro do ano passado e tem dois filhos, de invasão e violência doméstica. No boletim de ocorrência, ela relata que Allan “entrou na residência, a empurrou e retirou as crianças, sem combinar com ela previamente, e as levou com ele” na última semana, dia 23.
O jogador foi abordado pela Polícia Militar e às autoridades alegou que foi pegar os filhos “apenas para tomarem sorvete no interior do condomínio”. Ele não foi encaminhado à delegacia, pois, segundo a PM, as crianças estavam muito abaladas. Posteriormente, Jordana foi até uma delegacia e registrou o boletim de ocorrência.
À Polícia Civil do Rio de Janeiro informou em nota que o caso foi registrado na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá e está sob sigilo.
Ao Extra, ele negou as agressões e afirmou que tem provas de vídeo, caso sejam necessárias.
“Não houve qualquer situação relacionada à questão, inclusive com provas de vídeo, caso sejam necessárias. Por algumas tentativas, o atleta solicitou à ex esposa visitar os filhos e as mesmas não foram respondidas. Motivo pelo qual, ele foi até seu imóvel para visitar as crianças, único motivo da presença no local”, afirmou.
Nas redes sociais, Jordana postou uma nota de esclarecimento afirmando que estava escrevendo aquele relato com o coração “partido” e que jamais imaginou passar pela aquela situação.
“De um amor, veio o medo. De uma paixão, a solidão. De um carinho, atitudes inimagináveis. De uma tentativa de acordo, um estrangulamento financeiro. Na semana passada, não tive outra escolha senão pedir uma medida protetiva contra a pessoa com quem estive desde os 17 anos e que eu acreditava que me protegeria”, iniciou.
Segundo ela, recebeu a confirmação de que mulheres não estão sozinhas e que possuem a força necessária para “romper com anos de abuso psicológico, agressões verbais e para não aceitar qualquer tipo de violência” e citou um trecho da decisão da medida:
“’A palavra violência pode ter vários significados, sendo utilizada para definir o uso de força física, psicológica ou intelectual para obrigar outra pessoa a fazer algo contra a sua vontade, constranger, incomodar, impedir a outra pessoa de manifestar seu desejo e sua vontade ou de suportar agressões verbais que violem sua honra’”, escreveu.
Jordana explica que aquele era o melhor exemplo que poderia dar para a filha e incentivou mulheres que estejam vivendo situações semelhantes. “Eu não consegui sair antes. E sei que talvez você, que está lendo, também sinta que não consegue. Eu precisei buscar ajuda. Dos meus amigos e da minha família. Da minha advogada e sua equipe. Da minha psicóloga. Da autoridade policial. Do judiciário que decidiu pela minha proteção, aliviando minha alma”, conta.
“Que essa seja uma nova história sendo escrita. E que você, que está lendo, assim como eu, tenha a oportunidade de também escrever novos capítulos. Por fim, afirmo que acredito na Justiça e no rigor da lei. Em respeito a minha família, por ora, não me manifestarei mais sobre esse assunto e permanecerei em sigilo até que todos os procedimentos terminem. Obrigada pela compreensão”, concluiu.