O jogador de futebol Neymar Júnior prestou depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal na tarde desta quarta-feira (1º) como testemunha da Operação Huitaca, que apura crimes de extorsão, agiotagem e lavagem de dinheiro. O atacante do Paris Saint-Germain (PSG) foi ouvido por videoconferência e estava acompanhado por advogados.
De acordo com a corporação, Neymar “contribuiu com as investigações, que seguem em sigilo”. Na última semana, a polícia informou que precisava saber o valor das joias de diamante que o jogador comprou de um dos investigados.
Uma nota fiscal encontrada durante as investigações mostrava que a joia havia sido comprada em 2019. No entanto, fotos publicadas em uma rede social sugerem que o produto foi entregue a Neymar em 2017.
“Nós precisamos saber se essa nota fiscal no valor de R$ 106 mil traz ou não dados verdadeiros ou se foi usada apenas para ‘esquentar’ essa empresa que aparentemente era de fachada”, explicou o delegado Fernando Cocito.
Relembre o caso
A Operação Huitaca investiga um grupo que praticava agiotagem, cobrando taxas de juros acima das oferecidas por instituições financeiras, além de ameaçar devedores e exigir a transferência de veículos para o nome de pessoas do grupo como garantia para os empréstimos.
Um dos suspeitos investigados, o empresário Eduardo Rodrigues Silva, se entregou à polícia na segunda-feira (30). Eduardo era considerado foragido pela polícia desde a última semana, quando a Polícia Civil fez operação de busca e apreensão em Taguatinga, Park Way, Águas Claras, Vicente Pires e Ceilândia — regiões administrativas do Distrito Federal.
