A Fifa anunciou nesta segunda-feira (11) o banimento de três jogadores brasileiros do futebol: Ygor Catatau, Gabriel Tota e Matheus Gomes. As punições são referentes à Operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás, que investigou a participação de jogadores e apostadores em um esquema de apostas esportivas no futebol brasileiro.
A Fifa informou que “como resultado da colaboração exemplar com a Confederação Brasileira de Futebol e em conformidade com o artigo 70 do Código Disciplinar da Fifa, o presidente da Comissão Disciplinar da Fifa decidiu ampliar a âmbito mundial as ditas sanções”.
Outros oito jogadores investigados pelo MP também foram suspensos pela entidade máxima do futebol mundial:
Eduardo Bauermann – 360 dias
Paulo Sérgio – 600 dias
Paulo Miranda – 720 dias
Fernando Neto – 380 dias
Mateusinho – 600 dias
André Queixo – 600 dias
Moraes – 720 dias
Kevin Lomónaco – 380 dias
Nota da FIFA
A FIFA confirmou a extensão mundial das sanções impostas a 11 jogadores pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) relacionadas a incidentes de manipulação de jogos ocorridos no futebol brasileiro.
Após investigações das autoridades brasileiras e processos disciplinares abertos pela CBF, os seguintes jogadores foram proibidos de participar de qualquer tipo de atividade relacionada ao futebol:
Ygor de Oliveira Ferreira (banimento vitalício)
Paulo Sérgio Marques Corrêa (600 dias a partir de 26 de maio de 2023)
Gabriel Ferreira Neris (banimento vitalício)
Jonathan Doin (Paulo) (720 dias a partir de 16 de maio de 2023)
Fernando José da Cunha Neto (360 dias a partir de 16 de maio de 2023)
Eduardo Gabriel dos Santos Bauermann (360 dias a partir de 16 de maio de 2023)
Matheus Phillipe Coutinho (suspensão vitalícia)
Mateus da Silva Duarte (600 dias a partir de 26 de maio de 2023)
André Luiz Guimarães Siqueira Junior (600 dias a partir de 26 de maio de 2023)
Onitlasi Junior Moraes (720 dias a partir de 16 de maio de 2023)
Kevin Joel Lomónaco (360 dias a partir de 16 de maio de 2023)
Como resultado da cooperação sólida e exemplar com a CBF e em linha com o artigo 70 do Código Disciplinar da FIFA, o presidente do Comitê Disciplinar da FIFA decidiu estender todas as sanções acima mencionadas para terem efeito mundial.
A FIFA continuará os seus esforços contínuos para combater a manipulação de jogos através de uma variedade de iniciativas, que incluem a monitorização dos mercados internacionais de apostas, o portal confidencial de relatórios da FIFA, a aplicação FIFA Integrity, bem como diversas atividades educativas e de sensibilização em todo o mundo.
Punição no âmbito nacional
Em junho, o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) já tinha proferido sentenças sobre cinco jogadores envolvidos em esquemas de apostas. O atacante Ygor Catatau, inclusive já tinha sido proibido de atuar no Brasil, mas devido às regras do Irã, onde o jogador atua no Sepahan, Catatau não prestou depoimento e nem participou do julgamento, na época. Tota e Matheus Gomes também já tinham sido banidos no âmbito nacional, em decisão do órgão.
O ex-jogador do Santos, Eduardo Bauermann, que foi suspenso também pela FIFA, por 360 dias, chegou a ter sua pena revista pelo STJD. Antes, o zagueiro tinha sido punido com 12 jogos de suspensão, mas depois foi condenado a 360 dias sem poder exercer a profissão em território nacional.
Após ter seu nome envolvido na polêmica, Bauermann saiu do Peixe e assinou com o Alanyaspor-TUR, por duas temporadas, mas o time turco resolveu rescindir o contrato, antes da estreia do zagueiro.