Governo Bolsonaro bloqueia mais R$ 1 bilhão da educação e pode paralisar universidades

Por Br Hoje
6 de outubro de 2022
Foto Reprodução

O governo federal anunciou um novo bloqueio de mais de R$ 1 bilhão nas verbas de custeio da educação superior do país. Com isso, universidades públicas estão novamente em risco de não ter dinheiro para pagar funcionários e custos de operação.

O contingenciamento (bloqueio temporário de verba até que o governo decida se o corte será ou não definitivo) foi anunciado na última sexta-feira (30), às vésperas do primeiro turno das eleições, por meio do Decreto 11.216, que altera o Decreto nº 10.961, referente à execução do orçamento do MEC para este ano. Somado aos bloqueios de R$ 1,34 bilhão anunciados entre julho e agosto, o contingenciamento na educação chega a R$ 2,4 bilhões.

Em nota, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) destaca que o contingenciamento resultou em um corte de R$ 328,5 milhões nos valores disponíveis para despesas das universidades.

“Este valor, se somado ao montante que já havia sido bloqueado ao longo do ano, perfaz um total de R$ 763 milhões em valores que foram retirados das universidades federais do orçamento que havia sido aprovado para este ano”, destaca a entidade. Para a Andifes, esse novo corte “coloca em risco todo o sistema das universidades”, já afetadas pelos contingencimentos realizados ao longo do ano.

Universidades no Piauí

A Universidade Federal do Piauí (UFPI) informou nesta quinta-feira (6) que sofreu um corte de R$ 5,5 milhões em seu orçamento. O novo bloqueio às universidades federais do país foi anunciado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Segundo a associação, o bloqueio total para a educação é de R$ 1 bilhão e, especificamente para a educação superior, é de R$ 328 milhões.

Além da UFPI, o Instituto Federal do Piauí (IFPI) também sofreu um corte de R$ 3,4 milhões em seu orçamento e alegou que o novo bloqueio inviabiliza o pagamento de contratos e de energia elétrica.

 

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