O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o bloqueio de R$ 835 mil do ministro das Comunicações, Juscelino Filho. O R7 apurou que Barroso avaliou que há elementos de que houve desvio de dinheiro de emenda parlamentar, mas não autorizou uma busca pessoal, requerida pela Polícia Federal, porque não há indícios mais concretos da atuação direta do ministro.
Mais cedo, Juscelino Filho afirmou que o inquérito da PF sobre o suposto desvio de verbas federais destinadas a obras da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) vai mostrar que “não houve qualquer irregularidade”.
Os agentes cumpriram 12 mandados de busca e apreensão em endereços no Maranhão nesta sexta-feira (1º). Um dos alvos da PF é a irmã de Juscelino Filho, a prefeita de Vitorino Freire (MA), Luana Rezende.
Segundo a defesa de Juscelino Filho, a atuação do ministro das Comunicações sempre foi pautada pelo “interesse público”. “Juscelino Filho segue à disposição, como sempre esteve, para prestar esclarecimentos às autoridades”, dizem os advogados.
Na terceira fase da Operação Benesse, os investigadores miram o chamado “núcleo público” de uma suposta organização que desviava verbas parlamentares destinadas a obras da Codevasf.
A Codevasf é uma empresa pública criada para a realização de obras e outros serviços em estados do Nordeste, do Norte e no Distrito Federal. Em nota, a companhia afirma que colabora com os trabalhos e que demitiu um funcionário após a conclusão de um processo da corregedoria sobre o assunto.