O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou na Argentina no último domingo (22), para encontrar com o presidente Alberto Fernández. Os dois publicaram um texto em que afirmam que irão discutir a criação de uma moeda comum para os países.
Tanto Lula como Fernández citaram, em texto publicado no site argentino Perfil, que a criação de uma nova moeda poderia reduzir a dependência do dólar e deixar os custos operacionais mais baratos.
COMO FUNCIONARÁ A NOVA MOEDA?
Em 5 de janeiro o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicou que o governo está cogitando a criação de uma moeda comum, não única.
Isto significa que o Brasil e Argentina continuariam usando o real e o peso, além da moeda comum. O modelo é diferente do que a acontece na União Europeia, em que todos os países utilizam o Euro.
“Pretendemos superar barreiras às nossas trocas, simplificar e modernizar regras e incentivar o uso de moedas locais. Também decidimos avançar nas discussões sobre uma moeda comum sul-americana que possa ser utilizada tanto para fluxos financeiros quanto comerciais”, diz um trecho do texto de Lula e Fernandéz no site argentino.
Nesta segunda-feira (23) Lula deverá encontrar Fernández na Casa Rosada, sede do governo argentino, para assinar acordos de investimento, meio ambiente e comunicação.
BRASIL RETORNA PARA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL
Na terça-feira (24) o presidente Lula irá participar da 7ª Cúpula de Chefes de Estado da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
O Brasil não participa da conferência desde 2021, quando Jair Bolsonaro anunciou a retirada do país do grupo que tem como propósito aumentar a integração dos 33 países que participam.
