Na terça-feira, dia 15, um brasileiro que residia em East Hartford (Connecticut) foi condenado por tentar contrabandear pessoas do Brasil para os Estados Unidos.
De acordo com o Escritório do Procurador dos Estados Unidos, o brasileiro Fagner Chaves De Lima, de 42 anos, foi condenado a 41 meses de prisão e três anos de liberdade supervisionada.
A condenação aconteceu depois que o brasileiro Fagner De Lima se declarou culpado de uma acusação de tentativa de contrabando humano.
De acordo com as investigações, Fagner colaborou com terceiros para contrabandear ilegalmente pessoas do Brasil para os Estados Unidos em troca de milhares de dólares.
Ele organizava a entrada dos clientes nos Estados Unidos por avião ou ônibus, bem como providenciava alojamento para as pessoas durante suas viagens.
As autoridades relataram que Fagner também extorquia os clientes, ameaçando prejudicá-los ou às suas famílias, caso não pagassem dinheiro adicional. Ele e seus parceiros também criaram e distribuíram documentos falsos que foram usados como parte da operação ilegal de contrabando.
Para chegar à prisão do brasileiro, um agente disfarçado entrou em contato com Fagner através do WhatsApp. Na época, o investigador disse ao brasileiro que queria que sua irmã e sobrinha fossem contrabandeadas para os Estados Unidos.
O “suposto cliente” ofereceu pagar US$ 15,000 pelos serviços do “coyote” Fagner De Lima, o mineiro malandro terminou caindo na conversa do agente do FBI, e aceitou a proposta, foi aí que a caso do coyote mineiro caiu.
Enquanto estava em comunicação com o agente disfarçado, o brasileiro afirmou que trabalhava com contrabando humano “há 20 anos” e que contrabandeva indivíduos “se eles tivessem com, ou sem vistos, ou até mesmo se eles estivessem sendo procurados pela polícia no Brasil”.
No dia 16 de junho de 2022, Fagner viajou para Worcester (Massachusetts) para se encontrar com o agente disfarçado, pensando que se tratava de mais um cliente, na comunidade.
Fagner De Lima então, aceitou dois cheques que totalizavam US$ 15,000 em troca dos serviços de coyote, que era de contrabandear duas pessoas inventadas pelos agentes para pegar o mineiro.
“Nenhum ser humano deveria ser tratado como uma mercadoria, mas é exatamente o que Fagner Chaves De Lima fez quando conspirou com outros para explorar, colocar em perigo e extorquir aqueles que buscam uma nova vida na América, a fim de lucrar muitos dólares”, disse Christopher DiMenna, Agente Especial do FBI.
“A sentença de hoje demonstra que não ter tolerância alguma para coyotes que executam operações de contrabando humano”, ressaltou.
O mineiro, natural de Tarumirim, Fagner De Lima está preso desde 30 de junho de 2022.
Normalmente, a justiça usa a chamada, delação premiada, é quando a pessoa acusada, recebe uma redução da pena, por colaborar com a justiça, entregando assim, os outros coyotes que continuam atuando nas comunidades, dando continuidade ao contrabando de seres humanos do Brasil, para os Estados Unidos.