EUA apreendem bens de Nicolás Maduro avaliados em US$ 700 milhões

Por Br Hoje
15 de agosto de 2025
Foto: Maxim Shemetov

Em 13 de agosto de 2025, os Estados Unidos anunciaram o confisco de US$ 700 milhões em ativos do presidente venezuelano Nicolás Maduro, incluindo mansões, aviões, carros de luxo e joias, em uma operação liderada pela procuradora-geral Pam Bondi. A ação, descrita como um golpe contra a estrutura financeira do regime chavista, ocorreu em meio a acusações de narcoterrorismo e laços com cartéis de drogas, como o Cartel de los Soles. A medida, divulgada pela embaixada dos EUA em Caracas, intensifica a pressão internacional sobre Maduro, que enfrenta críticas após a controversa reeleição de 2024. O confisco, aliado ao aumento da recompensa por sua captura para US$ 50 milhões, reflete a estratégia do governo Trump de desmantelar redes financeiras ilícitas e combater cartéis na América Latina, enquanto revive tensões históricas na região.

A operação foi detalhada por Bondi em entrevista à Fox News, onde ela comparou as atividades do regime a uma máfia. A embaixada americana destacou a ação em redes sociais, reforçando o combate ao crime organizado. O governo venezuelano, por meio do ministro das Relações Exteriores, Yvan Gil, classificou as acusações como uma tentativa de desviar a atenção de controvérsias domésticas nos EUA. As tensões entre os dois países, já abaladas desde a ascensão de Hugo Chávez em 1999, atingem um novo ápice com a ofensiva americana.

Principais bens confiscados: Mansões em Miami e na República Dominicana, dois aviões de alto valor, nove veículos de luxo e joias avaliadas em milhões.

  • Recompensa: US$ 50 milhões por informações que levem à captura de Maduro.
  • Contexto político: Eleições de 2024 marcadas por denúncias de fraude e repressão a opositores.

Detalhes da operação de confisco

A apreensão de US$ 700 milhões em ativos representa um marco na pressão econômica contra o regime de Maduro. Segundo a procuradora-geral Pam Bondi, os bens incluem propriedades de alto valor, como uma mansão em Punta Cana, na República Dominicana, e residências multimilionárias em Miami, na Flórida. A operação, conduzida pelo Departamento de Justiça dos EUA, visa desmantelar a rede financeira que sustenta o governo chavista, acusado de utilizar recursos ilícitos para se manter no poder.

Os ativos confiscados também abrangem dois aviões avaliados em milhões de dólares, supostamente usados em operações de tráfico de drogas. Além disso, a lista inclui uma fazenda de cavalos, joias de alto valor e quantias significativas em dinheiro, evidenciando a extensão da riqueza acumulada pelo regime. A ação reflete o uso de sanções financeiras para rastrear e apreender bens no exterior, dificultando as operações financeiras internacionais de Caracas.

  • Propriedades: Mansões em locais estratégicos, usadas para lavagem de dinheiro.
  • Aviões: Jatos de alto valor associados a atividades ilícitas.
  • Joias e dinheiro: Milhões em peças de luxo e contas offshore.
  • Fazenda: Propriedade rural usada como fachada para atividades ilícitas.

Escalada na recompensa e pressão internacional

No dia 7 de agosto de 2025, o Departamento de Estado dos EUA dobrou a recompensa por informações que levem à captura de Nicolás Maduro, passando de US$ 25 milhões para US$ 50 milhões. A decisão reforça as acusações de narcoterrorismo contra o líder venezuelano, ligado ao Cartel de los Soles, classificado como organização terrorista. Outros altos funcionários do regime, como o ministro do Interior, Diosdado Cabello, e o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, também são alvos de recompensas multimilionárias.

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