Rússia é denunciada por uso de bombas de fragmentação na Ucrânia

Por Br Hoje
28 de fevereiro de 2022

A Anistia Internacional e a Human Rights Watch, organizações não-governamentais que atuam na defesa dos direitos humanos, denunciaram a Rússia nesta segunda-feira (28/2) pelo uso de bombas de fragmentação na Ucrânia, o que é considerado crime de guerra.

Ao ser disparada, esse tipo de bomba libera projéteis menores, o que expande a área de dano. Consequentemente, o risco de mortes também aumenta. Além disso, alguns dos projéteis menores não explodem no momento, o que pode fazer deles minas antipessoais.

Na ocasião denunciada, um dos ataques teria ocorrido em uma área escolar de Okhtyrka, no nordeste da Ucrânia, gerando ao menos três mortes, incluindo a de uma criança.

“O ataque parece ter sido lançado pelo Exército russo, que operava nas proximidades e que costuma usar bombas de fragmentação em zonas habitadas”, disse a secretária-geral da Anistia Internacional, Agnès Callamard.

Callamard ainda afirmou que “nada justifica o uso de bombas de fragmentação em zonas habitadas, muito menos perto de uma escola”.

A ONG afirmou basear sua acusação em vídeos gravados por drones, que mostram o impacto de bombas de fragmentação em, no mínimo, sete pontos. De acordo com uma fonte local, também há 65 fotografias e um vídeo complementar que provam a veracidade da denúncia.

As bombas de fragmentação são proibidas desde 2010 por uma convenção internacional, que não teve assinatura da Rússia e nem da Ucrânia.

Fonte: Metrópoles

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