Escola de Teresina suspende aulas por falta de combustível em transporte escolar

Por Br Hoje
20 de maio de 2023
Foto: Reprodução

As aulas presenciais da Escola Municipal Laurindo de Castro, na Zona Rural de Teresina, estão suspensas há duas semanas, segundo os pais de alunos que estudam na instituição. Segundo as famílias, a diretora da escola informou que a medida foi tomada para não prejudicar os alunos que dependem do transporte escolar, que não está funcionando por falta de combustível.

A Secretaria Municipal de Educação (Semec) informou que foi realizado o pagamento para as empresas que realizam os serviços de transporte escolar e que, até a manhã desta sexta-feira (19), todo o serviço estaria regularizado.

Esse problema atinge principalmente os alunos do povoado Jacu, na Zona Rural da capital. A dona de casa Joelma Norberta afirmou que as crianças passam o dia em casa, porque a prefeitura afirma não ter recursos para pagar os ônibus escolares. Sempre que não há combustível para abastecer os ônibus, a diretora da escola avisa por meio de mensagem as famílias que não vai ter aula.

“As professoras passam tarefa pelo celular, mas um celular para três crianças em séries diferentes, aí fica difícil. Tem que ensinar um primeiro, depois o outro e depois o outro, aí tem as coisas para fazer também. Às vezes eu perco até o horário da minha filha, que é pela manhã, porque meu outro filho também é pela manhã”, explicou a dona de casa Maria Oneide.

O assunto foi parar na Câmara de Vereadores de Teresina que está apurando o caso. “Estamos vivendo um momento crítico do transporte escolar da nossa cidade, as empresas que prestam esse serviço alegam que o município não fez o repasse dos pagamentos e o prejuízo, a conta, quem paga é a população”, declarou o vereador Ismael Silva (PSD).

Enquanto isso os alunos continuam sem conseguir assistir aulas presenciais, nas salas improvisadas em casa, pais e mães tentam minimizar o prejuízo.

“Aqui a gente a ensina de um jeito e na escola os professores ensinam de outro jeito. Prejuízo para eles [estudantes], para o aprendizado deles”, lamentou Valéria Ferreira.

Fonte: G1 PI

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