A população de Teresina amanheceu sem ônibus nas ruas pelo 3º dia nesta quarta-feira (15), mesmo após a determinação do Tribunal Regional do Trabalho do Piauí (TRT-PI), para circulação de 100% da frota nos horários de pico, como no início da manhã, e 80% nos demais horários. Sem acordo sobre o reajuste salarial, os trabalhadores do transporte iniciaram o dia com protestos.
Logo nas primeiras horas da manhã, usuários relataram que não viram nenhum ônibus circular na cidade. O g1 também verificou alguns trechos e não identificou nenhum veículo do transporte público regular da capital ou mesmo os veículos cadastrados pela Prefeitura para o transporte alternativo durante a greve.
Conforme o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário (Sintetro), a falta de transporte nas ruas se deve à ação dos próprios trabalhadores que decidiram permanecer de braços cruzados em protesto contra a falta de acordo sobre o reajuste dos salários.
“Nós ainda não fomos notificados. Talvez o desembargador não saiba, mas a gente tem que trabalhar como escravo porque estamos há 45 dias sem receber pagamento. Nós não temos condição de pagar multa de R$ 50 mil por dia não porque estou é com dois meses de salário atrasado”, declarou o presidente do Sintetro, Antônio Cardoso.
Como forma de manifestação, alguns motoristas e cobradores fecharam a Avenida Marechal Castelo Branco, onde ficam a Câmara Municipal de Teresina e a Assembleia Legislativa do Piauí.
Eles estacionaram um ônibus na transversal da via, impedido o tráfego. Um longo congestionamento se formou por volta das 8h. Poucos minutos depois, a via foi liberada.
Horas depois, os manifestantes foram até a Prefeitura de Teresina, por volta das 11h. Em seguida, seguiram até a Avenida Maranhão, onde fica a sede do Sindicato das Empresas do Transporte (Setut). Eles atearam fogo em pneus e fecharam a avenida nos dois sentidos.
Fonte: G1