Professores da rede municipal de Teresina iniciam greve por tempo indeterminado

Por Br Hoje
7 de fevereiro de 2022

Professores da rede municipal de educação de Teresina deflagraram greve por tempo indeterminado na manhã desta segunda-feira (7), pedindo o cumprimento, por parte da prefeitura de Teresina, da lei federal que reajustou o piso salarial do magistério em 33,23%. A greve foi deflagrada após manifestação realizada pela classe pelas ruas do Centro da capital.

A prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec), informou que não vai se manifestar sobre a greve.

As aulas da rede municipal de ensino de Teresina estavam marcadas para começarem, de forma remota, nesta segunda. Mas, segundo o Sindicato dos Servidores municipais de Teresina (Sindserm), devido à paralisação, o ano letivo não teve início.

De acordo com Sinésio Soares, presidente do Sindserm, a greve foi aprovada em dezembro de 2021 mas só foi confirmada no início deste mês.

“Hoje fomos cumprir a determinação da assembleia. Se houvesse uma decisão do prefeito de cumprir a lei federal 11.738 e pagar o rateio do Fundeb de R$ 113 milhões que receberam a mais que a gestão anterior,e a gente não teve reajuste no ano passado, a gente iria votar para suspender a greve logo no seu início”, disse Sinésio Soares.

Professores de Teresina e 23 cidades do interior do estado realizaram protesto na manhã desta segunda-feira (7) em defesa do piso do magistério para 2022 que sofreu reajuste de 33,23% e ainda não foi pago à categoria; além do rateio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

O reajuste de 33,23% para professores da rede pública de educação básica foi anunciado em 27 de janeiro pelo presidente Jair Bolsonaro e sancionado em 4 de fevereiro e eleva de R$ 2.886 para R$ 3.845 o piso salarial nacional da categoria.

A concentração do movimento foi às 9h30 na Praça da Bandeira, em frente ao prédio da Prefeitura Municipal de Teresina, localizada no Centro da capital, onde os professores ocuparam uma das faixas da via.

Usando carro de som, a classe se manifestava em favor da valorização da classe do magistério. Eles saíram em caminhada pelas ruas do Centro da Capital como a Rua Senador Teodoro Pachêco, acompanhado dos carros. A professora Solinete explicou que a categoria não está em busca de aumento, mas do cumprimento de uma lei assinada pelo presidente da república.

“Não estamos pedindo aumento de salário, queremos o cumprimento de uma lei que garante esse percentual para a classe dos professores e esse recurso é oriundo do Fundeb, que é exatamente esse fundo que garante a valorização da educação básica”, explicou a professora Solinete.

Pela lei, é o governo federal que estabelece o reajuste que deve ser pago pelas prefeituras e governos estaduais com a ajuda do Fundeb, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica.

O protesto seguiu em direção à Avenida Frei Serafim, parando em frente a Igreja São Benedito por volta das 11h. Os professores ocuparam a escadaria, e nenhuma das pistas que circundam a igreja ficou interditada durante a parada, e finalizou na Praça da Liberdade também localizada no Centro da capital.

Fonte: G1 PI

 

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