Um grupo formado por familiares, amigos e vizinhos do menino José Carlos, de 12 anos, se reuniu em um protesto na Centro de Esportes e Artes Unificada (CEU) Ana Maria Rego, na Zona Sul de Teresina, nesta quarta-feira (28). O menino morreu vítima de uma descarga elétrica no último dia 22, quando brincava no local.
Os moradores levaram balões pretos, velas e cartazes para pedir que o CEU passe por manutenção, para que não aconteçam acidentes semelhantes com outras crianças.
Cíntia Maria, mãe de José Carlos, contou que outros moradores e funcionários do CEU relataram que sabiam que o poste onde o menino teria sofrido o choque já vinha apresentando problemas há anos.
“Todo mundo diz que sabia desse poste que dava choque, e não tomaram providência. Por que? Depois de morrer uma pessoa é que vão tomar uma providência?”, questionou Cíntia, mãe de José Carlos.
Depois da morte de José Carlos, o local foi isolado, mas o Centro foi reaberto na terça-feira (27). Os moradores temem que o risco para outras crianças continue.
O local, que oferece espaços para a prática de esportes e brincadeiras, é um dos únicos pontos considerados seguros na região para jovens e crianças brincarem.
Acidente ainda em investigação
Ainda não há detalhes de como o acidente aconteceu e o caso está sendo apurado. Os bombeiros foram acionados e, no dia do acidente, informaram que ainda não sabiam se o poste estava energizado ou se o menino tinha sido vítima de um raio.
A Secretaria Municipal de Juventude (Semjuv) informou que a Empresa Teresinense de Desenvolvimento Urbano (Eturb) tem realizado vistorias no espaço, e até o momento a causa do acidente não foi esclarecida. O relatório final deve ser finalizado nesta sexta-feira (30).
A Polícia Civil, que investiga o caso, deve ainda realizar uma análise sobre a situação do espaço.
Enquanto aguarda, a família sofre com a falta do menino. Para José Augusto, pai de José Carlos, o protesto é um pedido por justiça pela vida do filho e por mais segurança para as demais crianças que frequentam o espaço.
“É muito doído perder um filho na idade de 12 anos, saudável, forte. Fica o exemplo para os outros pais que estão aqui pedindo a revisão do espaço, para dar a segurança necessária. Ele morreu inocente, morreu brincando. Essa dor vai ficar para sempre”, disse José Augusto.