A Polícia Civil do Piauí concluiu a investigação sobre a morte de Alice Borges Barroso, de 25 anos, e indiciou o ex-companheiro da vítima, identificado pelas iniciais D.O.S., pelo crime de feminicídio. A Justiça converteu, de temporária para preventiva, a prisão do suspeito nesta terça-feira (6).
Segundo a Delegacia Especializada no Atendimento a Mulher e Grupos Vulneráveis (DEAMGV) de Campo Maior, que conduziu a investigação, o laudo de exame cadavérico do Instituto Médico Legal (IML) apontou a vítima foi morta por asfixia mecânica.
“O laudo de exame cadavérico apontou a existência de duas equimoses, localizadas na região cervical anterior, concluindo que a morte fora ocasionada por asfixia mecânica por constrição do pescoço (esganadura), descartando totalmente o afogamento”, informou a Polícia Civil.
A (DEAMGV) informou ainda que identificou histórico de violência doméstica praticada pelo investigado contra a vítima, embasado em provas documentais e oitivas de testemunhas, que afirmaram em depoimento que Alice era frequentemente submetida a agressões físicas e psicológicas por parte do ex-companheiro.
Diante das provas reunidas e dos indícios de autoria, o ex-companheiro foi indiciado pelo crime de feminicídio, agravado pelo meio cruel empregado e pela circunstância de que a vítima era mãe de duas crianças. Ele está preso desde o dia 22 de abril.
O caso
Alice Borges estava desaparecida desde o último sábado (19), conforme familiares. Segundo o delegado Carlos Júnior, titular da Delegacia de Campo Maior, a Polícia Civil foi informada, ainda na noite de sábado, que a jovem estava na beira do rio, quando caiu na água. O caso inicialmente estava sendo tratado como suicídio.
O corpo da jovem foi encontrado por moradores da região no domingo (20). O local, onde também foram encontradas roupas femininas – possivelmente de Alice, foi isolado pela polícia.
