Para promotor, estudante que matou Janaína Bezerra tem “traços de psicopata”

Por Br Hoje
26 de fevereiro de 2023
Thiago Mayson da Silva Barbosa/ Foto Reprodução

Com histórico de reprovação no mestrado e poucos amigos, o acusado de estuprar e matar de Janaína da Silva Bezerra, 22 anos, era visto antes do bárbaro assassinato como um estudante acima de qualquer suspeita. As informações são do Cidade Verde.

Há vários dias debruçado no processo do estupro e assassinato de Janaína Bezerra, o promotor Benigno Filho, da 13ª Promotoria, diz que Thiago Mayson da Silva Barbosa, 28 anos, tem “traços de psicopata”. Em entrevista à TV Cidade Verde, o representante do Ministério Público do Piauí chegou a se emocionar com o feminicídio e pediu pena máxima ao mestrando que, inclusive, já foi denunciado à Justiça.  Psiquiatras e criminologistas descrevem um psicopata como uma pessoa sem empatia, manipulador, volátil e muitas vezes criminoso.

“A psicologia forense nos dá um traço desse homem como um psicopata. Ele pode ter aquelas fantasias sexuais pelo ato que praticou. Não é normal o ser humano fazer isso. Ele sabia o que estava fazendo, disse que não pensou na hora, mas todas as práticas apontam noutro sentido: estuprou duas vezes a vítima, cometeu vilipêndio ao cadáver que é manter relações após de morta, teve a fraude processual e o feminicídio”, disse o promotor.

O crime chocou o País e ocorreu em janeiro deste ano durante uma calourada na Universidade Federal do Piauí (Ufpi) e chamou a atenção pela crueldade do caso.

O mestrando em matemática foi denunciado por homicídio duplamente qualificado, estupro, fraude processual e vilipêndio a cadáver. O inquérito do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) revelou que ele estuprou a vítima por vezes, inclusive quando ela já estava  morta. Além disso, a investigação policial obteve provas de que ele também teria filmado parte da ação.

O Cidadeverde.com apurou que Thiago Mayson trabalhava com delivery aos finais de semana após ter a bolsa de R$ 1.500 interrompida por não concluir o mestrado dentro do prazo determinado de 24 meses. Um estudante da Ufpi que conhece o mestrando desde 2017 disse que é difícil assimilar o crime, principalmente, pela crueldade.

A Ufpi abriu sindicância, mas ainda não se posicionou sobre a expulsão do estudante preso.

 

Vítima

Últimas notícias