Uma mulher, identificada apenas como Maria Clara, foi presa novamente na tarde desta segunda-feira (18) suspeita de ser a principal envolvida no assassinato e esquartejamento de Silvana Rodrigues de Sousa, ocorrido na Zona Sudeste de Teresina, em junho de 2023. Ela foi presa com o atual companheiro por tráfico de drogas. Ele também é suspeito de atirar contra uma viatura da polícia.
Conforme o delegado Bruno Ursulino, responsável pela investigação na época, Maria Clara tinha sido presta na época do crime, mas foi solta após audiência de instrução. Seu companheiro é o proprietário da casa onde a vítima foi morta e esquartejada, e também tio de um dos adolescentes suspeitos.
Silvana Rodrigues de Sousa foi morta no dia 23 de junho de 2023, na Vila da Guia, que fica localizada no bairro Beira Rio. Conforme as investigações policiais, Maria Clara teria sido a mandante do crime, ordenando o assassinato após descobrir que Silvana mantinha relações com um participante de uma facção rival. Maria Clara chegou a ser presa, após ser identificada por uma tatuagem na perna.
Segundo o Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), as prisões desta segunda (18) foi em cumprimento a mandados de prisão por roubo qualificado, organização criminosa e tráfico de drogas.
“Semana passada quando a viatura do 8º Batalhão da PM tentou cumprir o mandado ele reagiu e atirou contra as equipes. Hoje ele foi preso em flagrante também com uma arma de fogo, crack e dinheiro”, afirmou o delegado Samuel Silveira.
A mulher também é suspeita de participar da facção criminosa. Durante as prisões, os agentes encontraram entorpecentes na casa dos suspeitos, o que resultou na prisão em flagrantes dos dois.
O Crime
Silvana Rodrigues de Sousa foi encontrada morta e esquartejada no dia 26 de junho de 2024. Segundo a Polícia Civil, a mulher foi morta dentro de uma casa abandonada, na Vila da Guia, bairro Beira Rio, na Zona Sudeste de Teresina.
Segundo o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), as partes do corpo da vítima foram colocadas dentro de dois sacos de estopa, que foram levados para a área de mata, vizinha à casa, e enterradas em covas rasas, de aproximadamente um metro de profundidade. Depois, os criminosos tentaram cobrir a cova, para esconder os vestígios da escavação.
Silvana tinha 21 anos e morava sozinha na região onde foi morta. Conforme a família, a jovem tinha distúrbios mentais e chegou a fazer acompanhamento psicológico e psiquiátrico, fazendo uso de medicação. Depois disso, ela passou a usar drogas e se tornou dependente.