Amazonino Mendes, que comandou o estado do Amazonas por quatro mandatos, morreu neste domingo (12), aos 83 anos. Ele estava internado no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, desde dezembro.
“Foi uma vida vitoriosa dedicada com muito amor à família e ao povo do Amazonas. Amazonino deixa um legado incomparável, como homem e político. Lutou bravamente como poucos, mas agora descansa em paz”, diz nota publicada em sua página em rede social.
Amazonino concorreu na última eleição ao governo como líder das pesquisas eleitorais até o início da campanha e terminou a disputa em terceiro lugar, perdendo para Wilson Lima (União Brasil) e o senador Eduardo Braga (MDB), que ficou em segundo lugar.
Os problemas de saúde limitaram a campanha de Amazonino em Manaus e anularam no interior do estado, que exige deslocamentos de candidatos a locais de difícil acesso.
Já na convenção, Amazonino interrompeu o discurso e pediu para se sentar, com auxílio de outras pessoas. Saiu amparado por aliados. Nos debates e entrevistas que compareceu, a voz e o semblante davam impressão de cansaço e abatimento.
Diabético, cardíaco e paciente de hemodiálise, Amazonino era grupo de risco e, na pandemia, disputou e ficou em segundo lugar para a Prefeitura de Manaus. A participação dele precedia de rigorosas sanitizações dos locais do evento.
“O que faz um homem de 80 anos de idade se expor? O que eu quero? Não quero mais nada. Não estou atrás de honraria. Já fui governador quatro vezes. Não estou atrás de dinheiro. Não sou candidato a correr a maratona”, disse Amazonino na convenção de 2020.
Após a eleição de 2022, o ex-governador passou por algumas internações em São Paulo até a última, no dia 19 de dezembro.
Fonte: Folhapress