Simone Tebet defende baixa rejeição como critério para definir nome da 3ª via

Por Br Hoje
13 de abril de 2022

A pré-candidata do MDB à Presidência da República Simone Tebet defendeu, em entrevista à CNN nesta quarta-feira (13), que os partidos da chamada “terceira via” considerem o índice de rejeição como critério para escolher um nome único do grupo, composto até o momento por MDB, PSDB, União Brasil e Cidadania.

“Gostaria muito de dizer que o critério principal é rejeição. Sou a menos rejeitada porque sou a menos conhecida. O fato de ser mulher me favorece nesse aspecto, de falar em nome de todas as mulheres e famílias brasileiras sob a ótica e visão da mãe, mulher, da filha. Mas o critério será muito bem escolhido pelos presidentes de partido”, declarou.

Mesmo assim, a senadora pelo Mato Grosso do Sul afirmou que o nível de rejeição “sem dúvida” conta na decisão final do grupo, que prevê anunciar um nome único para concorrer ao Planalto no dia 18 de maio.

“Não é possível haver crescimento quando se tem índice de rejeição muito alto. Isso é claro, não sou eu que digo, é a ciência da política. Um dos critérios sem dúvida é esse”, disse Tebet.

A senadora também defendeu que não existam “interesses pessoais” na definição de um único candidato. Na disputa, ela afirmou ainda que “abre mão [da pré-candidatura] para qualquer um” a fim de que grupo seja bem-sucedido no pleito.

Além de Tebet, são pré-candidatos dos partidos unificados o ex-governador paulista João Doria (PSDB) e o deputado federal Luciano Bivar (União Brasil).

Para Tebet, o centro hoje é “uma locomotiva parada no acostamento” pela falta de “um rosto, nome e sobrenome” para ser apresentado à população. “O jogo não começou ainda e tenho convicção que 40% dos [eleitores] indecisos estão esperando o nome do centro democrático”, argumentou.

“O povo brasileiro tem o direito a ter opções. Por que hoje o centro democrático não pontua? Porque ninguém vota no centro, em uma ideia, em um partido; vota nas pessoas”, disse. “Enquanto não tivermos rosto, nome e sobrenome, não temos o que apresentar ao Brasil”.

Dissidentes do MDB não são “maioria absoluta”

Questionada sobre a reunião de lideranças regionais do MDB com o ex-presidente Lula (PT), Simone Tebet afirmou que “é natural” existirem divergências no partido, mas que o grupo “não representa a maioria absoluta” dos diretórios nacionais.

“Não temos a unanimidade do partido, mas tenho certeza que teremos unidade em nome de um projeto de Brasil”, afirma. “Colocar de novo o MDB com uma candidatura é sinal que o MDB sabe do momento conflituoso e grave que o Brasil atravessa”, defendeu.

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